cara, cadê meu airship? - ou - distraído ultimamente
Tá difícil escrever alguma coisa que eu ache interessante colocar aqui. Sempre faço umas cinco linhas e desisto. Acho que isso é um reflexo de alguma coisa que está me deixando de certa forma distante do mundo. Eu passo muito tempo imaginando vidas e lugares, mesmo quando estou lendo, almoçando ou trabalhando lá na especialização em EJA.
Bom mesmo é quando eu estou lendo de madrugada antes de ir dormir. E o sono vai lentamente minando minha concentração e infiltrando imagens e pensamentos que nada têm a ver com o texto à minha frente. E as coisas se misturam, já não consigo acompanhar mais nada do que está fora ou do que está dentro de mim. Uma sucessão de imagens, sentimentos e ponderações criadas nessa mixagem, tudo fluindo sem muito sentido, ou na verdade com muitos sentidos. Certa noite eu passei aproximadamente uma hora assim, eu acho. Até que num lampejo de lucidez eu me dei conta do que estava se passando. Fechei o livro, apaguei a luz e me deitei.
Às vezes eu me imagino indo pra uma das cidades invisíveis de Italo Calvino, só que desenhadas por Yoshitaka Amano. Onde eu seria o cavaleiro, bardo, pescador, sábio, camponês, espião, jogador, rei, peão, palhaço ou general. E nos dias de festividades levaria a família para as ruas onde feiras cheias de coisas diferentes de lugares distantes seriam vendidas, ao som de músicos no estilo múltiplo de Nobuo Uematsu.
Essa coisa que me leva pra longe provavelmente é só a fantasia que eu cultivo com leituras, músicas, jogos, viagens e que de vez em quando, em algumas fases, se torna mais forte. Eu gosto disso em mim, embora às vezes queira ser mais realista e eficiente no mundo do meu cotidiano em vez de ficar imaginando possibilidades.
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