Depois do eclipse
No dia 29 de Março, às 5:35, eu estava em Ponta Negra com alguns dos meus melhores amigos assistindo o eclipse total do Sol. Havíamos passado a noite acordados, conversando rindo bebendo resistindo ao sono e ao cansaço do dia anterior. Naqueles dias o Nordestão ainda ficava aberto 24h por dia, imagino que o retorno já não estava agradando, porque hoje só fica aberto até meia-noite, como antigamente.
Tem sido assim desde que todo mundo começou a ter aulas, trabalho e atividades voluntárias para encher os dias de semana: de vez em quando, nos fins de semana, acontecem algumas reuniões e as pessoas voltam a se divertir juntas de novo. Ano passado eu era mais irresponsável e sentia uma necessidade maior de reunir as pessoas, para escapar um pouco dos meus problemas enquanto estivesse me divertindo. No ano passado a freqüência das reuniões era maior. Escrevo isso com uma certa saudade das situações ridículas e divertidas, das saídas sem hora pra voltar (às vezes sem dia pra voltar), com o carro à disposição o tempo todo nos meses em que minha mãe esteve fora e a anarquia era a forma de governo aqui em casa.
Mas esse ano tem sido muito melhor, em todos os aspectos. Os momentos de diversão passaram por mudanças, agora o que me diverte é um pouco diferente, e eu não sei explicar muito bem. Me sinto mais feliz com coisas bem planejadas e bem conduzidas, embora isso torne as coisas mais difíceis de acontecerem, é verdade. Sempre que meu aniversário está próximo eu fico me perguntando se melhorei, se estou mais maduro... poucas vezes eu pude dizer como digo agora, com segurança - sim. As situações estressantes, preocupantes, irresponsáveis e imaturas do ano passado me prejudicaram mas também me deixaram mais consciente. Eu acho que estou conseguindo manisfestar isso na prática. Digamos que 2005 foi um eclipse. E agora as coisas voltaram a ser claras, como antes.
Eu disse que antigamente eu ficava me lamentando no blog e etc, não foi? Na verdade isso não foi um lamento, mas eu comecei a escrever sem saber o que ia dizer e as coisas tomaram esse rumo da reflexão pessoal. Vejo menos os meus amigos hoje em dia, mas tenho viajado bastante, estou namorando uma mulher linda e inteligentíssima (além de divertida de um jeito que eu não sei explicar de tão bom), a minha casa voltou a funcionar com uma forma mais centralizada de governo, e agora com as pessoas aqui mais integradas e solidárias. Estamos amadurecendo.
Continuo meio preguiçoso e irresponsável, mas principalmente sem rumo. Espero que minha mãe esteja certa no que disse a Aldo: Vítor tem seu tempo.
O que eu farei com ele? Saber isso é essencial, pena que só se aprende ao ir fazendo.
* Palavra-chave: motivo. 1. que pode fazer mover; motor. 2. que causa ou determina alguma coisa. 3. causa, razão. 4. fim, intuito, escopo. (...)
3 Comments:
Eu diria que você tá com paz interior! :D Fico muito feliz, e com saudade de ter ver com mais frequência (mas é verdade que falta um pouco de determinação!). No meu caso, as únicas coisa positiva é a faculdade e a casa própria (mesmo que da minha mãe), no mais o ano passado foi muito melhor... sinto-me muito estagnada!!!
coisaS positivaS
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